30 de maio de 2009

Dia de monge.


Um dia desses, acordei com uma vontade nova, uma vontade que eu nunca senti igual. Para os apressadinhos que já pensaram besteira, eu revelo qual era minha vontade, senti vontade de praticar boas ações. O máximo que eu pudesse! Não, você não entrou no Blog errado! Este é o mesmo da semana passada, que falava mal dos outros, mas desta vez o tema é novo e nobre, se olhado de uma forma vantajosa.
Voltando aos meus desejos... Senti aquela vontade dentro de mim e cedi aos meus instintos. Geralmente quando sinto essas coisas, tomo um Captopril, pois geralmente isso acontece quando minha pressão está alta, mas dessa vez nem isso adiantou.
Levantei-me, olhei que horas eram. Faltavam três horas para começar meu curso. Fui até o quintal e vi o lixo separado em recicláveis e orgânicos. Decidi pegar o lixo reciclável e levar até o posto de saúde, onde ficam os tambores de coleta. No caminho, decidi pegar o da minha vizinha, e já que estava pegando o dela, decidi pegar o da vizinha da frente. Quando da lixeira, uma catadora se aproximou de mim. Disse que eu estava roubando o trabalho dela e começou a puxar o lixo da minha mão. Eu não larguei, poderia, mas não larguei e ela começou a me estapear. Quando vi que as pessoas da rua não entenderiam uma catadora me estapeando no meio da rua, decidi largar o lixo. A minha vontade era rasgar todos os sacos e botar ela pra correr na base da chinelada, mas me contive e voltei para casa.
Decidi ir ao mercado. Já que estava querendo fazer boas ações, peguei a sacola de feira amarelo-vermelha da minha mãe, para não trazer sacolas plásticas. Entrei no mercado e comprei todos os produtos reciclados e naturais que pude. Ao pagar, percebi que o empacotador estava embalando minhas compras. Pedi que parasse, já que eu havia levado a sacola de feira. Ele me olhou com raiva e disse que essas atitudes poderiam tirar o emprego dele, começou a desembalar as compras e joga-las no caixa. Amassou todas as minhas latas perfeitas, que eu escolhi durante horas para que viessem sem nenhum arranhado. A minha vontade era pegar a lata e dar na cabeça dele até que desamassasse, mas me contive. Peguei minhas compras e coloquei na sacola amarelo-vermelha. Lembrei que havia esquecido de pegar a nota fiscal. Isso não traria benefícios só para mim, mas para todos os cidadãos da democracia. Voltei e pedi à moça do caixa:
- Pra que você quer?
- Para exercer meus direitos de cidadão!
- Mas ninguém pede. Está desconfiando de mim? Esta querendo que eu perca o emprego?
Era a terceira pessoa que me falava isso no mesmo dia!
- O que está acontecendo aqui? – chegou o segurança!
- Ele está achando que eu dei o troco errado!
- Não, não é isso... Eu só queria a notinha.
- Então você está desconfiando da moça? Pois eu estou desconfiando que você esteja acomodando produtos que não pagou nesta sua sacola extravagante.
Nem era extravagante. O guarda tirou todos os produtos reciclados e latas amassadas que havia na sacola, só para saber se eu tinha roubado alguma coisa. A minha vontade era de fazer a moça do caixa digitar o Hino Nacional com o nariz quarenta vezes, mas me contive. Peguei minha sacola revirada e voltei para casa.
Cheguei na hora de sair. Toda esta confusão roubou um bom tempo do meu dia. Tomei o ônibus que passou pontualmente. Consegui um lugar para me sentar. Fique lá por uns bons dez minutos, até que chegou uma senhora grávida:
- Quer se sentar?
- Obrigada! Precisava mesmo me sentar. Esta barriga está me matando!
- Você pode carregar minha bolsa, por favor?
- Não, não! Minha barriga ocupa todo o espaço do banco.
- Então deixa eu colocar ela aqui no chão, perto do seu pé?
- Imagina menino! Está pensando o que? Pés de grávidas incham como o quê! Segura sua bolsa ai e me deixa descansar um pouco.
A minha vontade era de fazer uma cesariana com os dentes, mas me contive e fui para o fundo do ônibus.
Ao descer no meu ponto vi uma senhorinha idosa tentando atravessar a rua. Decidi ajuda-la. Aproximei-me, e apoiei-a nos meus ombros, quando estávamos no outro lado da rua a deixei ir em segurança. A desgraçada da velha aproveitou a proximidade para rouba meu MP3*. A minha vontade era de colocar aquela velha num presídio masculino, mas me contive e fui para o curso.

* Note que neste trecho o autor passa de um julgamento inocente para uma realidade triste sobre a senhora que ajudou a atravessar a rua (sempre quis uma nota de rodapé!).

Estava eu no corredor do educandário, quando me lembrei que tinha uma bala no meu bolso. Guardo todos os papéis de bala no meu bolso para jogar no lixo mais tarde, assim evito jogar no chão. Quando fui pegar a bala que estava no meu bolso, todos os papéis acumulados caíram no chão, e eu estava bem na frente da sala do professor de consciência ambiental. Levei a maior bronca dele. Disse que eu achava que a sala dele era um deposito de lixo, e que eu iria me tornar diabético. A minha vontade era pegar todos os papeizinhos e enfiar na terra do vaso da primeira planta que eu encontrasse no caminho, mas me contive e fui para minha aula.
Quando estava na frente da minha sala, as garotinhas graciosas do Ballet estavam no corredor sozinhas. Deixei que elas entrassem para brincar com a bateria. As pestes em forma de prole fizeram a maior algazarra na sala. Chutaram o bumbo, Subiram na caixa e quase detonaram os pratos! A minha vontade era de esganar cada uma delas e pendurar pelos cabelos na cortina do teatro, mas me contive e decidi esperar o professor, que chegou furioso e ainda por cima me deu a maior bronca. Uma das meninas era filha dele e estava chorando de medo do tio bravo.
Ao fim da aula, voltei para casa muito decepcionado. No sofá, assistindo televisão, percebi que queria fazer uma lista de boas-ações e o que consegui foi uma lista de maldades que gostaria de fazer. Tudo estava perdido. Decidi fazer minha última boa ação, liguei a TV durante o programa do Tom. Eu seria o único espectador dele durante aquela noite. Logo me arrependi, estava fazendo piadas de gordo... A minha vontade era estourar a TV na base da bica, mas me contive, já que minha vontade de comer brigadeiro era bem maior do que a minha vontade de arranjar briga.

Beijos Angelicais!
:*

P.S.: Pessoal, esta ficou grande hein! Fazia um tempão que não escrevia sobre minha vida. Espero leiam inteira e gostem!

6 veredictos.:

Unknown disse...

--'
Pra quem coloca nome num porquinho indefesso de bacon se acha que conseguiria ser um anjo por um dia!kk que pior fazer cesariana com os dentes 666'

Amanda disse...

um conselho: nunca mais tente fazer boas açoes, sempre dá errado kkk
gostei da tua historia xD

Amanda disse...

Isso aconteceu de verdade? Medonho. Parece que todas as pessoas que você tentou ajudar conspiraram contra você. Acho que Murphy estava te perseguindo nesse dia.

@jak_xD disse...

Parece que você inventou tudo de tão hilário que foi seu dia xD

E como já disseram... não tente fazer boas ações hein Tuco! hauaha'


beeijo :*

Ingrid Regina disse...

claro que isso num ´é verdade.
quimica num pode fazer o artur querer levar lixo reciclado.
alias, suamãe separa lixo?

desde qndo?


beijos angelicais

Gabriela disse...

Ai adorei tuco ! priciplamente a parte da gravida! naum só ela mais tbm tem uns velinhos(a) que são bem folgados ,alem da gente dar o lugar naum seguram a nosSa pequena e leve Bolsinha!

BjinhoS (:

ps:Adoreii di verdade o texto, o Santa criatividade! + me diz uma coisa isSo foi d verdade msm?!