Somos cafonas sim!

Se não tem o que falar do chique... que venham os cafonas!

Cafonices no dia-a-dia
Óculos: Existe uma coisa que é do tempo que minha mãe era solteira, e que ainda hoje as pessoas usam: a cordinha nos óculos. Sabe aquelas cordinhas pra pendurar no pescoço, que na maioria das vezes é feita de miçanga e essas patacoadas? Então, é isso! Não tem uma professora que não use. Não tem uma bibliotecária que não use. E ainda dizem que as duas são inteligentes.
Bolsas: Bolsa reciclada é cafonérrimo! Quem disse que bolsa reciclada é chique? A única coisa reciclada que está na moda são aqueles chinelos de pneu, de resto... Aí me vem aquela condenada, com bolsa de cartão telefônico, com bolsa de tampa de latinha, com bolsa de garrafa PET. E ainda diz que é pra salvar a natureza, mas na verdade isso se chama poluição visual!
Sandálias: Agora a moda é inclusão social. Estão lançando sandálias acessíveis a todos. Só pode, porque em todo lugar que eu vou eu vejo cinco ou seis sandálias de plástico, sabe, aquela cheia de buraquinhos. Tem de todas as cores, rosa, vermelho, preto, roxo, transparente... Estes dias estava no ônibus, e uma mulher estava de vestido roxo, bolsa roxo, fita no cabelo roxa e sandália transparente. Achei estranho, porque a sandália não era roxa também? Quando a mulher expôs os pés ao sol, houve o milagre do polímero reciclado, a mudança de cor. A sandália transparente que era cafona ficou roxa continuando cafona.

Cafonices na sociedade
Piadas de Velório: É considerada a maior cafonice social. Sempre que se fala em piada de velório, você liga a um tio fumante, mal amado. Tem sempre piadinhas rápidas e inesquecíveis, de tão ruins: Casamento é igual a Avenida Paulista, começa no Paraíso e termina na consolação. Pior ainda é aquele que tenta humor negro: Um homem e uma mulher, ambos sem os dois braços, decidiram casar, e algum tempo depois tiveram um filho. Qual é o nome do filme? Ninguém segura este bebê. Decepcionante!
Buquê: Não vá buscar o buquê! Primeiro: Você sempre liga essa busca do buquê a tias bêbadas. Segundo: Se você quisesse casar mesmo, não procuraria num casamento. Terceiro: Santo Antônio é mais milagroso e está na moda.
Bigode: Este é cafona em qualquer pessoa (salvam-se exceções: Hitler e Seu Madruga). Bigode é sempre ligado a pessoas obesas e santistas, e sempre que acontece um almoço em família, o bigodudo leva arroz pra casa (entenderam a sutileza?). Mas existe uma faixa etária que deve exterminar o bigode, os garotos dos 15 aos 17, pois é aquela fase em que o menino tem o bigode duro e cheio. Duro de achar e cheio de falhas.

Celebridades Cafonas
Renata Banhara: É aquela que colocou silicone desproporcional à própria cabeça. Ela é uma pseudo-celebridade que só aparece em carnavais, e pessoas que tem por ofício ser passista de escola de samba já é cafona de natureza.
Narcisa Tamborindeguy: A *defenestradora de ovos. Diz que mora no Copacabana Pallace, mas para aprender a atirar ovos daquele jeito, Tem que ter nascido na Rocinha!
William Bonner: Porque ele não pinta aquela mecha branca no cabelo de preto?
Hebbe Camargo: O penteado Luis XV já saiu de moda a séculos!
Luciana Gimenez: Entrevistar travestis saiu da moda quando foi liberado o casamento gay na Califórnia.

Tirando o Chapéu
Existem sim os cafonas que podemos tirar o chapéu: O Falcão mesmo tem um girassol legal no bolso. Valdique Soriano é um cantor brega, que é diferente de ser cafona. Xuxa Meneguel se lambusa de monange, mas mantém sua pele sempre bonita e sedosa (vou morrer defendendo a Xuxa). E Chimbinha do Calypso reinventou, que as luzes loiras e o topete malfeito. Tudo isso mostra, que às vezes, ser cafona também é bom.

Não existe nada de errado em ser cafona. Muito pelo contrário, às vezes é legal e pode até passar a ser moda. Em outras os chiques tem mais desvantagens que os cafonas. O Jô Soares por exemplo, está sempre muito chique e elegante, mas nem por isso deixa de ser gordo. A Glória Menezes está sempre chique e elegante, mas nem por isso deixa de ser uma velha enrugada. O Lula está na presidência, e nem por isso deixa de ser... Um exímio cidadão brasileiro!

Beijos Bregas
:*

(*Defenestrar: Atirar pela janela – sim, existe esta palavra!)