28 de dezembro de 2008

Mãos ao alto... Você está de férias: Parte Um.

Por mais que nós não gostemos de um convívio social, é sempre necessário visitar os parentes. As pessoas gostam de contato afetuoso. É verdade. Eu juro que não estou mentindo. Mas uma coisa eu assumo. Largar a pressa de São Paulo pela tranqüilidade do Paraná é ótimo. Mas só de vez em quando.
No dia em que cheguei, não fiz quase nada. Só comi abacaxi. Não meus queridos, não é uma rima infame, lá tem muito abacaxi. Enquanto comíamos, contamos piadas.

Minha piada falida

- O menino foi segunda-feira no sorveteiro, chegando lá perguntou: - Moço tem sorvete de jiló? O moço respondeu: - Não! Na terça ele voltou: - Moço tem sorvete de jiló? Mais uma vez o moço respondeu: - Não! Na quarta ele tentou de novo: - Moço tem sorvete de jiló? O moço insistiu: - Não! Mas quando pensou que no outro dia o garoto voltaria perguntando pelo sorvete, decidiu fazer o bendito do sorvete de jiló. No outro dia:
- Moço tem sorvete de jiló?
- Ahhh! Hoje tem! – respondeu o sorveteiro feliz por estar atualizado em seus sabores.
- Credo, que nojo.

Pausa para o cricri

A noite seguiu com várias piadas que todos riam, mas pra mim não faziam nenhum sentido. Elas nunca tinham finais, mas mesmo assim todos riam:
- A moça foi na loja e pediu uma camiseta, a atendente trouxe tamanho “P”. A que havia pedido a blusa disse: - Meu tamanho é “M”, volta lá e troca pra mim. A atendente foi, e voltou: - Mas essa aqui ainda é “P”, eu visto “M”. A atendente mais uma vez foi trocar: - Oh minha querida! Eu disse “M”, essa ainda é “P”. A atendente respondeu: - Me desculpe, mas a “M” acabou.

Pausa para os risos coletivos

Minha piada era bem mais engraçada. E ninguém riu... Mas enfim. Não vou viver disso mesmo.
Resolvemos tomar sorvete. Eu, como um bom turista, estava carregando minha câmera. Chegando à sorveteria, pedi água pra moça e ele me levou pra conhecer onde eles faziam o sorvete.

Pausa para o momento de malícia

As maquinas eram enormes, e eu queria tirar foto de tudo. Os sorvetes iam caindo num recipiente que ficava em baixo da máquina, e eu quis tirar fotos do sorvete:
- Quero tirar foto de tudo, até dos sorvetes! – disse empolgado.
- Se você quer foto de sorvete é só colocar no GOOGLE que aparece um monte. – disse Leandro Casado Parreira, vulgo Casadiinho, agregado da família.
- Ah meu Deus! Meu sorvete está passando no GUGU! Ahhhhhhhhh! – disse a moça da sorveteria totalmente enlouquecida.
Até explicarmos pra ela o que era Google demorou...
Aliás, pra quem é de São Paulo, mesmo que seja Mauááááá, internet é indispensável. No fim da tarde fomos, eu e Casadiinho, procurar uma Lan House na cidade. Entramos em uma Lan Hous, chamada Cyber Café, nome muito criativo por sinal:
- Nome, por favor. – disse a atendente Sandyelle.
- Leandro Casado, mas eu sou solteiro tah. – disse Casadiinho com olhar sedutor.
- Computadorrrr 3. – disse Sandyelle tentando conter o puxão no “R” e se fazer de difícil.
Enquanto vasculhávamos a net, algumas crianças entraram na Lan House, e começaram a passear pelo estabelecimento. Como todo bom paulista, pensei que fosse assalto e já escondi meu MP4. O garotinho se aproximou de mim, eu estava escrevendo um depoimento:
- Você errou ali, digitou amop. – disse o garoto.
- Haha... Brigado. – dei um riso amarelo.
- Mas você também colocou dois ‘mais’, repetiu a palavra. – corrigiu o garoto.
- Desculpa, não tinha percebido. – disse eu... Mas pensando melhor agora, como assim desculpa? O depoimento era meu! Eu escrevo do jeito que eu quero ¬¬
- Você colocou mal com “L”, nesse caso é com “U”. – disse o garoto.
- Na, não! Neste caso é com “L”. – retruquei.
- Então esta bem... – disse como se estivesse fazendo um grande favor e eu fosse mal agradecido (aliás, nesse caso anterior, é com “L” ou “U”?). – Vôo não tem acento! – disse ele de novo.
- Segundo as regras ortográficas, eu posso escrever Vôo com acento por mais 7 anos, e até lá eu vou escrever com acento. – me irritei.
- Se você prefere manter um vocabulário obsoleto. – disse com ar de apatia. Eu estava querendo falar obsoleto. Eu sempre falo obsoleto ¬¬
- Meu vocabulário não é obsoleto, só não pretendo largar tudo o que aprendi de uma hora pra outra. – disse quase chorando.
- Esta é uma atitude obsoleta. – repetiu ele... Desaforo!
- Olha aqui meu querido! Você vai vazando que eu estou afim de escrever sozinho. Sandyrene! Tira esse garoto daqui. – explodi de súbito.
- É Sandyelle. – corrigiu o garoto.
- Olha aqui seu moleque, eu só vou embora porque meu tempo aqui esgotou. – disse levantando e saindo.
- Bom mesmo, preciso usar o computador. – disse sentando no meu lugar.
O palhaço ficou lá feliz enquanto eu pensava na regra ortográfica.

Beijos continuados na próxima edição.
;*

5 veredictos.:

Unknown disse...

hsuhsahushuash
Mata o garotinho e joga no rio;D

COMDISPIO disse...

Querido Arthur

mata esse palhaçinho e ta um livro antigo, pra ele ler e parar de encher o saco ou simplesmente vai tomar outro sorvete

[b]PS:to com saudades

Euzer Lopes disse...

Primeiramente, parabéns pelo visual do seu blog. Torna-o mais atraente para a leitura.
E, claro, o interior tem encantos maravilhosos. Não só pelo excesso de frutas, mas pela variedade delas.
Comer uma manga arrancada do pé, ou a jabuticaba, é bem diferente daquela que se compra no supermercado de São Paulo.

Anônimo disse...

Gostei da piada so Sorvete.
hehehe

Morango com leite condensado disse...

Rsrsrs gostei das piadas e do jeito que vc escreve... Concordo ctg: pra quem vive na loucura das grandes cidades é gostoso passar uns dias num lugar mais tranquilo mas só uns dias...

Bjos