21 de junho de 2008

Visita Edificante

Num certo dia, estava eu indo à casa do meu amigo. Fiquei lá por horas, não tinha aula naquele dia e podia vadiar à vontade. Já eram quase 17:00 quando minha mãe ligou para a casa dele e disse:.
- Alô o Artur está aí? [Disse ela educadamente]
- Está sim! Deixa eu passar para ele... [Disse meu amigo]
- Quem é? [Perguntei a ele]
- Sua mãe...
- Alô!
- Onde você está? [Disse um pouco alterada]
- Na casa de quem você ligou! [Isso não era obvio?].
- Vem pra casa agora, chegou visita, e eles querem te ver!
- Estou indo! [Odeio esse tipo de programa]
- Vê se não chega aqui imundo viu! [Alertou]
- Mãe! Eu não tenho 5 anos. Não brinco mais de terra! Tchau! [Desliguei]
Saí da casa do meu amigo, já eram 17:30 [Sim, fiquei lá fazendo hora]. Fui para a minha casa na maior paciência, alimentei os pombos no caminho, salvei criancinhas de prédios em chama, tudo isso enquanto minha mãe esperava impaciente. Estava chegando em casa, quando quase fui atropelado por um carro, e o pior, nem deu para anotar a placa [sorriso de cidadão competente]. Me esquivei do carro indo para a calçada ligeiramente. De repente senti meus pés afundando. Eu estava pisando no cimento fresco. Na hora não acreditei, tinha afundado até os joelhos! Já estava quase em casa, e decidi lavar minha calça na mangueira do quintal. [Trilha sonora de suspense] Cheguei em casa, abri o portão lentamente para não fazer barulho, peguei a mangueira e tentei lavar minha perna. A mangueira estava emperrada, então decidi bater com o martelo na lingüeta. Imaginem a cena. A torneira estourou e fez um barulho enorme de água jorrando. Ouvi a porta da sala abrindo e meu pai, minha mãe e a visita assistindo a cena [Eu, todo molhado, com cimento até os joelhos]:.
- Mas o que está acontecendo aqui? [Disse minha mãe, mesmo vendo a desgraça toda].
- É q-q-que... [Murmurei sem saber o que dizer].
- Você foi “bater laje” na casa do seu colega? Está parecendo um servente de pedreiro! [Meu pai nunca diz nada, mas quando diz, acaba com a gente. Vide flashback a seguir].

Flashback:.

Eu tenho um primo um pouco super-nutrido [sim, estou usando eufemismo. Na verdade ele é obeso]. Estava ele e sua irmã de cinco anos na sala, quando ela disse ao meu pai:
- Padrinho, eu quero “leitinho”! [Pedindo mamadeira]
- E o seu irmão quer um “leitão”... [Rindo da cara do pobre obeso].

Fim do Flashback:.

Agora voltando... Entrei em casa ouvindo um sermão, e fui direto para o chuveiro. Quando saí do banheiro a visita já tinha ido embora. Pelo menos uma coisa boa aconteceu, não tive que ouvir papo de idoso [Sim, estou usando um eufemismo de novo!].

Beijos Edificantes
:*

1 veredictos.:

Ingrid Regina disse...

nossa!
auishuiahusia
bater laje?

adoro seus posts!
sem mais,.

:*